ISU- Robô, pintor e poeta, só falta chorar

Obra do artista robô ISU, 2007, ink on canvas, 150 x 170 cm.

O artista plástico Leonel Moura apresenta um robô pintor e poeta à Techfest 2011, um dos maiores festivais de tecnologia da Ásia, que se realiza entre 07 e 09 de Janeiro em Bombaim, na Índia.


No site do evento (www.techfest.org) surge uma descrição do robô de Leonel Moura, o ISU, desenvolvido com um «cérebro» para criar pinturas e poemas.

O robô ISU também possui um conjunto de sensores que lhe possibilita construir uma composição e determinar quando o trabalho está acabado. Ele também assina a própria obra.

Para pintar, o robô começa ao acaso e então o processo evolui para um modo de feedback positivo, procurando criar grupos de cores, enquanto que, para criar poesia, escolhe uma primeira letra ao acaso e depois escolhe uma outra que faça sentido.

O resultado final do poema é semelhante ao automatismo surrealista ou na linha da poesia concreta.

Segundo o texto do festival, o ISU, e outros robôs no gênero, desafiam o nosso conceito de arte e de criatividade. Na verdade, estes robôs sugerem a possibilidade de gerar criatividade artificial no quadro da noção atualmente aceita de inteligência artificial.

Desde os anos 1990 que Leonel Moura se dedica à bioarte e à inteligência artificial, com especial interesse na área da robótica, criando robôs artistas.

ISU- Robô, pintor e poeta, só falta chorar.

Site de Leonel Moura, clique aqui!


Leonel Moura também é autor do livro '30 Gramas'. O livro combina novela negra, ensaio, diario íntimo, e todo um manifesto sobre a arte mais subversiva do século XX. No livro o protagonista Gianfranco andava obsessivo pelo que continha as pequenas latas criadas por Piero Manzoni en 1961. Queria abrir uma delas para averiguar se eram realmente as fezes do artista que estavam dentro.

Merda de artista, by Piero Manzoni. Isso o robô artista ainda não pode fazer.

Comentários

  1. Que interessante Sheilla.
    Fiquei espantado com esse robô, gostei, pois não é todo dia que podemos ver metal fazendo arte (fizeram algo util com toda essa modernização, não é?), e não gostei, pois não me entra na cabeça alguém que não sente nada fazer poesia.
    Sobre Leonel Moura, achei bacana, tudo que é subversivo nos choca um pouco, ou nos atrai.

    Linda noite flor do campo,
    Aquele abraço!

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  2. A arte cumpre seu papel de subverter a ordem das coisas. (tomara que continue semre sseim!) Toda manifestação neste sentido é interessante de se analisar, embora eu ache que o estro criativo humano seja insuperável por máquinas. Obrigado pela dica, Sheilla! Abraços. Paz e bem.

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  3. Oi!
    Gostei disso,a substituição do homem,em
    várias áreas,por robôs é necessária.
    Mas nesse caso não vejo como uma substituição,
    e sim como um acréscimo,pena(?)que a emoção,
    não está inserida nisso.
    Abraços e feliz 2011!

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  4. Sheilla obrigado por seguir o HBC HD, pois já estamos te seguindo. Não deixe de nos visitar. Um abraço!

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  5. Oi Sérgio! É, por um lado é bem legal, por outro é estranho realmente se fazer poesia sem sentimento. É como se a arte recorresse a uma fórmula pra ser feita. No mais achei o robô simpático e a possibilidade de criar criatividade artificial coisa de ficção científica.
    Um super abraço!

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  6. Oi Cacá, que bom vê-lo por aqui. De fato a criatividade humana ainda é muito maior, intensa e sentimemental, e por isso mesmo muito melhor que de qualquer robô. Um abração!

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  7. Oi Franco! Legal, eu também sou uma entusiasta da robótica. Vamos esperar que os cientistas criem um robô capaz de amar. Eu iria querer um desses na minha casa. Obrigada pela visita e um abração!

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  8. Oi HBC HD! Obrigada por sua simpática visita e generoso comentário sobre meu blog. Seu blog também é muito legal e gostei de ter passado por lá. Você também é bem vindo para me visitar mais vezes. Um abração.

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  9. Uau... que incrivel.
    A tecnologia anda cada vez mais avançada.
    Adorei.
    Beijos

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  10. Oi Anng querida! Obrigada por sua simpática visita. Um super abraço!

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  11. Lembrou-me, pelas bordas, os vanguardistas que praticavam poema-processo na década de 1960, em Natal e Rio de Janeiro.

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  12. Oi Escobar! É bom ve-lo por aqui! Obrigada pela visita e comentário. De fato parece sim a arte dos vanguardistas de 60. Um abração!

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